vol.ver

2017

vol.ver

instalação interativa

“Somos o que somos por obra daquilo que aprendemos e de que lembramos” Em busca da memória - Eric R. Kandel

vol.ver: 1 dar voltas;revolver-se, revirar-se, rolar, voltar-se 2 pôr (-se) em movimento; agitar (-se), revolver (-se); virar ou pôr em movimento em torno de um eixo; girar, rodar 3 mexer ou cavoucar repetidas vezes; remexer, voltar 4 dirigir (algo) ou dirigir-se para (alguém ou algo), apontar para uma determinada direção; voltar (-se) 5 voltar ou fazer voltar (alguém ou algo ao local, ponto ou estado em que já esteve); regressar, retornar 6 voltar ( no tempo), através da memória, do sonho etc 7 fazer chegar a, enviar, mandar 8 dizer ou fazer algo em resposta a (algo que foi ditto ou feito); devolver, responder, retrucar 9 mudar ou fazer mudar de (um estado ou condição) para outro (estado ou condição); alterar (-se), mudar (-se), tornar (-se), transformer (-se) 10 escoar –se ( o tempo); correr decorrer, passar 11 ocupar - se novamente de, tornar a ; voltar a ver

vol.ver é uma instalação interativa que dá significado a resquícios passados que não são seus, mas sim lembranças, fragmentos de outros. “Não esquecer jamais” como tornar possível detalhes visuais e emocionais sem nunca terem sido vistos ou vividos, como reviver sentimentos, sensações somente ouvidos, descritos. Revolver-se, remexer, voltar, fazer voltar, retornar, regressar e finalmente dizer ou fazer algo em resposta. Qual é a resposta possível: escrever, descrever através do caminhar, essa metáfora das idas e vindas, do ir embora e do não retornar, esse todo sem imagem, descrição do inimaginável, um tempo sem duração. Como dar significado a tudo isto. A escrita em toda sua potência é capaz de dar conta, mesmo quando a junção destas palavras é quase que aleatória, como as memórias recortadas contadas e recontadas.

descrição da instalação: Um quadrado de madeira construido no centro do espaço expositivo contendo pó de mármore branco ou areia fina branca ( o tamanho deverá ser definido conforme peso permitido por m2 no espaço). Essa estrutura vai servir para conter a area do marmóre ou areia, um banco, a fixação de luz e caixas de som. O mármore ou areia tem a capacidade de fixar as pegadas das pessoas, feitas por solas preparadas com palavras, acopladas aos sapatos dos interatores. Estas sobre-solas estarão penduradas na parede, o interator escolhe duas palavras: uma para o pé esquerdo e outra para o direito, coloca sobre o solado de seu sapato através de elásticos e caminha sobre o piso imprimindo as palavras escolhidas, estas vão se misturando com os “passos” de outros visitantes. Caminhadas registradas com significados escolhidos, criando sentido conjunto ou não, mas mantendo sempre o significado único de cada palavra nas pegadas.

fotos clara figueiredo

re.turn

interactive installation

“We are what we are by what we learn and remember” In search of memory - Eric R. Kandel

vol.ver (a Portuguese word having all the meanings below): 1 to spin; to twirl, to roll over, to circle, to turn around 2 put, place in movement; to shake, to revolve (around); to turn or put in movement around an axle; to turn, to go around 3 to stir or to dig repeated times; to mix again, to return, 4 to drive (something) or direct someone (someone or something), point in a determinate direction; to come back 5 return or to make come back (someone or something to someplace, or state that have already been in); regress, return 6 return (in time), through memory, through dreams 7 to make arrive at, to send, to order 8 to say or do something in answer to (something that was said or done); to return, to respond, retort 9 to change or make someone change (a state or condition) to another (state or condition); to alter, to modify, to become to transform 10 to elapse (time); to run, passage of time, to pass 11 to be busy again with, to become; return to see.

re.turn is an interactive installation that gives meaning to past vestiges that are not yours, but rather memories and fragments of others. “To never again forget” such as making visual and emotional details possible without ever having seen or lived them before, such as reliving feelings, sensations that we only heard, described.To revolve, to stir, to return, to make return, to come back, regress and lastly to say or do something in response. What is the possible answer: to write, to depict through walking, this metaphor of comings and goings, of going away and of not returning, this whole without an image, a description of the unimaginable, a time that doesn’t last. How to give meaning to all this? Writing with all its power is capable of handling it, even when the junction of these words is almost random, such as told and retold cropped memories.

installation description: A wooden square built in the center of the exhibit space containing white marble powder. The marble is able to fix footprints, made from pre-prepared souls with words written on them, coupled to the shoes of the interactors. These “over-soles” are hanging on the wall and the interactor chooses two words: one for the left foot and the other for the right, puts it over the soles of his own shoes with the rubber bands and walks on the floor printing the words he chose, these will become mixed with the “steps” of the other visitors. Footprints registering the words chosen, creating a group meaning or not, but always maintaining the single meaning of each word in the footprints.

photos clara figueiredo